Esta descoberta permitiu-me, facilmente, constatar as potencialidades destes mapas conceptuais nas mais diversas áreas. No que se refere ao processo de ensino-aprendizagem, considero que são recursos essenciais, na medida em que podem servir para organizar e representar conhecimento de um modo mais flexível e dinâmico, estabelecendo relações entre conceitos, ampliando e sistematizando esse conhecimento de modo significativo para o aluno; contrariamente ao texto escrito, que quase sempre exige uma maior complexidade, quer na compreensão, quer na produção.

 

Neste âmbito, os mapas conceptuais podem ser utilizados para organizar ideias, numa fase prévia à redação de um texto, por exemplo. Pois não raras vezes, alguns textos (resumos, ensaios, textos académicos vários) produzidos pelos alunos apresentam-se incoerentes, estruturalmente desorganizados, o que não é mais do que um reflexo da sua apreensão do conhecimento (muitas vezes memorizado e acumulado arbitrariamente).

 

No ensino de PLE, que tem privilegiado o ensino por tarefas com significado para o aprendente (centragem no aprendente), o envolvimento ativo do aluno/aprendente no processo cognitivo pode ser fortalecido pelo recurso a mapas conceptuais (representando diferentes conteúdos linguístico-discursivos), estes podem funcionar como estratégias para desenvolver a motivação e apoiar a verbalização do conhecimento e consequentemente o sucesso na aprendizagem.

 

Enquanto promotores de uma aprendizagem significativa e ativa dos alunos, os mapas conceptuais podem também ser utilizados como ferramenta de exploração de ideias, de avaliação, de organização, de navegação entre recursos e ainda preconizadora e facilitadora de trabalho colaborativo, tornando o conhecimento individual mais explícito e significativo para os membros de um grupo. Como sistematização de um debate utilizei a aplicação gratuita Mind Node.

Este mapa poderia funcionar como base de produção de um texto argumentativo, por exemplo.