À primeira vista, o Second Life pode não se revelar uma ferramenta com potencialidades educativas, no entanto, de acordo com testemunhos e experiências pedagógicas desenvolvidas por diferentes instituições portuguesas e estrangeiras, o SL pode efetivamente revelar-se um estimulante contributo, por exemplo, no processo de ensino-aprendizagem à distância, em que os participantes além de terem uma identidade virtual, têm também uma identidade física, através de “avatares”, colmatando assim uma das principais lacunas das atuais plataformas tradicionais de e-learning.

 

No entanto, para que tal aconteça e para que o SL possa realmente ser uma alternativa pedagógica viável, seria necessário adaptar-se tecnologicamente, ou seja, tornar-se mais “leve”, pois ainda é bastante exigente em termos tecnológicos para a maioria dos utilizadores comuns, e até à data, não parece que os avanços tecnológicos da vida real ofereçam grande resistência.

 

No ensino-aprendizagem de línguas, considero que o SL está subaproveitado, principalmente no que diz respeito ao português. Nas aulas, recorremos constantemente a simulações de situações comunicativas, de modo a que os alunos/aprendentes possam exercitar os seus conhecimentos de modo espontâneo, e neste contexto, o SL tem a capacidade de superar estas práticas, na medida em que simula ambientes sociais bastante próximos da realidade, possibilitando uma comunicação espontânea e natural, permitindo ainda a realização de fóruns de discussão, que podem ser realizados com aprendentes de PLE de níveis superiores.

 

Evidentemente que a questão cultural é também um fator determinante (como também já foi referido), pois no SL, os participantes têm a oportunidade de contactar com a cultura de diferentes locais, mesmo que de um modo passivo. Pois a título experimental efetuei uma busca de ilhas relacionadas com Portugal (cultura, língua, cidades) e encontrei um número muito reduzido e pouco estimulante (os visitantes são mais exploradores do que propriamente intervenientes). Contudo, desta experiência destaco a “Ilha Portugal Business” onde os visitantes podem contactar com obras de Camões ou de Fernando Pessoa e ir ao Café do Fado, ouvir Fado, comer sardinhas e beber vinho tinto!

 

Deixo-vos algumas aventuras do meu avatar - Sanjolie.